sexta-feira, 1 de março de 2013

AS LOUÇEIRAS DE BARRO DO BARRO


Na confluência dos riachos Cumbe e Gangorra se encontra ainda hoje o sitio Barro, topônimo recebido pela argila fácil e de qualidade inigualável. E ainda perduram nos dias atuais, os riachos, o sitio e a cidade que por consequência ganhou o mesmo nome.
O mesmo já não se pode dizer dos artesãos “do Barro”, que em tempos idos fabricavam belíssimas peças.
Com a modernização essa artifício foi se limitando apenas a algumas poucas senhoras de uma mesma família, que ainda fomenta esse desejo de não ver a sua arte ser para sempre abolida.
Dona Maria, Nenê e Lúcia três irmãs, três desejos: Preservação, conscientização e continuação dessa arte que reflete a nossa cultura e mantem viva a nossa memória.
A manipulação do barro é uma das artes mais antigas já exploradas pela humanidade. Ela permite dar forma a objetos pelos mais diversificados meios que a imaginação e a criatividade humana possam permitir. Reflete a cultura de um povo, suas tradições, costumes e crenças. As peças de cerâmica são utilizadas e/ou decorativas, dependendo do momento local ou apelo social. Seus vasos são confeccionados por inúmeros e longínquos povos que se atribuem a eles as mais diversas funções, seja para a manipulação de alimentos, transporte, armazenamento, objetos litúrgicos ou até decorativos. Em tempos remotos eram utilizados até como urna funerária. Certos utensílios registram uso já na pré-história; sua técnica de queima e vitrificação datam do Egito antigo; porem ganhou outra dimensão, para os padrões decorativos na Grécia Antiga, com os vasos gregos que , tematizados, consagraram um estilo.
O barro percorre um longo caminho passando pela queima até o consumo. A argila é geralmente encontrada nas margens de rios, localizada até um metro de profundidade, ela é extraída aos poucos, formando bolas que depois são deslocadas até o local de manuseio, olarias etc. onde serão “tratadas”, tiradas todas as impurezas como pedras, galhos e outros materiais que possam danificar a peça ao passarem pelo processo de queimação. Cada artesão encontra sua forma particular de realizar essa atividade. A argila permite diferentes formas de manuseio: através de um torno, em olarias, com a modelação utilizando “teques” ferramentas imprescindíveis para a confecção da arte.

Se faz imperativo o estimulo necessário para manter viva essa tradição que deu deu origem ao nome dessa nossa terra tão amada. Vamos juntos valorizar a nossa cultura e a nossa arte.

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